19 junho 2006

A frase mais inteligente que me disseram este ano

"Por isso é que tu precisas de terapia e eu não. :-)"

(Obrigada, F. Pela noite. Pela dança.)

11 Somethin' Else:

Anonymous Anónimo escreveu...

hummm, isto soa um pouco estranho...

junho 19, 2006 2:49 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

... toda a gente precisa de terapia... só os malucos é que não têm essa consciência :-)

junho 19, 2006 5:20 da tarde  
Blogger Nuno Guronsan escreveu...

Terapia devia ser começar a ser um fringe-benefit. É claro que tanto para nós que achamos que andamos aos gambozinos, como (naturalmente) para aqueles que normalmente "vivem" em ramos acima dos nossos. ;)

junho 19, 2006 5:56 da tarde  
Blogger M. escreveu...

fl,

Este é um blogue verdadeiro, mas nunca textual, eheheh. :-)


Jo,

Eheheheh... Essa é também a minha opinião - toda a gente teria uma vida mais equilibrada se fizesse terapia.

Eu, felizmente, tenho consciência de que caminho a passos largos para a loucura. Alienação é que não! ;-)


Nuno,

LOL! Bem visto, muito bem visto. Vou dar uma volta no Monster a ver quantas companhias já oferecem psyc-assistance-programs, eheheh...

E podemos sempre sugerir ao engenheiro Sócrates que inclua o tratamento psicoterapeuto cognitivo comportamental no Plano Nacional de Saúde, a partir dos 25 anos de idade. Já que não inclui tratamentos dentários que ao menos ajude as cabeças por dentro, lol! :-) Lindo!

junho 19, 2006 8:59 da tarde  
Blogger Lisa escreveu...

E depois há aqueles que precisam de terapia mas acham que não e por causa deles há quem acabe por precisar de terapia. Confuso? Not really... methinks... :D

junho 20, 2006 9:28 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

porque é que quem acha que não precisa de terapia tem que ser maluco - [jo], inconsciente - [jo] ou [corno]? - lisa (precisa mas não sabe ou é o último a saber). Será que o normal é precisar? Já alguém ouviu falar em auto-terapia? Já alguém ouviu falar em terapia diária, tipo reza e mezinha à hora da sesta religiosa, e sem medicamentos? Já alguém pensou que não devemos desculpar as nossas terapias através dos ets que não precisam de terapia mas, quais vilões estranhos e monstruosos, nos fazem precisar? Já alguém pensou como seria o mundo sem terapias? Nunca brincaram em frente ao espelho? na próxima vez que o fizerem façam de terapeuta...

junho 20, 2006 2:34 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

meu deus, é cada uma... a culpa é destes posts "descentrados" ;)

junho 20, 2006 2:36 da tarde  
Blogger Lisa escreveu...

Bom, eu acho que o "normal" e, acima de tudo, desejável, é não precisar.
Há quem tenha a capacidade de encontrar equilíbrio na sua vida sem necessidade de um interlocutor, outros, não.

Por mim encaro a terapia como uma maiêutica, a descoberta e aceitação de si através do diálogo, obviamente conduzido por alguém instruído na arte da análise. Parecendo que não, este processo é mais antigo que se possa imaginar.

E depois há diversos tipos de terapia, sem que nenhuma deixe de ser válido: religião (interlocutor: padre ou a própria divindade), astrologia ou simples mezinhas, como referes.

Desde que resulte numa pacificação interior por mim (nem todas conduzem ao auto-conhecimento, algumas abordagens pretendem até obliterá-lo através da sublimação)está tudo bem.

Não censuro nenhuma forma de terapia, apesar de eu, céptica como sou, ser adepta da psicanalítica moderna - já pouco tem a ver com Freud, apesar de este a ter fundado como ramo autónomo.

Não me desculpo nos outros, mas há pessoas que se consideram as mais equilibradas e não o são. Essas pessoas podem sofrer de patologias ou simples perturbações da personalidade cuja influência nos outros pode ser decisiva no despoletar de outras patologias ou perturbações. Acontece.

Mas recorrer à terapia não significa necessariamente a existência de distúrbios, até pode ser uma forma de os prevenir. Na minha modesta opinião há hoje em dia diversos grupos de risco, nomeadamente profissionais, que podem desenvolver inúmeros distúrbios. A terapia integrada num determinado exercício profissional, como "válvula de escape" devia ser uma medida de saúde mental básica. Claro que cá, onde até marcar uma consulta num médico de família é uma aventura, ainda estamos muito longe disso.

Mas a verdade é que vivemos tempos complicados, em que a depressão já é considerada uma epidemia; é, de facto, uma doença incapacitante, e não um mero capricho de pessoas neuróticas, e há cura, que nem sempre passa pela medicação, ou não deveria passar apenas pela medicação.

Espero ter esclarecido alguma coisa, já que não pretendia ofender ou atingir ninguém com o meu comentário. :)

junho 20, 2006 2:56 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

oh-oh! ninguém está ofendido, pelo contrário, até está tudo bem disposto ;)

junho 20, 2006 3:33 da tarde  
Anonymous Anónimo escreveu...

meu dEUS! que agito!!!
Oh Filipe, francamente, os teus comentários demonstram que tu necessitas claramente de terapia. :-)
Caso contrário não terias tantas inseguranças face à dita.
Além do mais, aconselho-te a fazer uma revisão dos teus conceitos e não confundas tratamento psiquiátrico com terapia. O primeiro envolve medicamentos e nunca termina. O último, não envolve drogas e termina, com o dito autoconhecimento analítico nas suas 3 vertentes Id, Ego e Superego. Demasiado Freud pra carola?!
E quem somos nós para decidir o que é normal? Quem morreu e nos tornou deuses imortais? Cada um tem que fazer aquilo com que se sente bem e...bola prá frente que a vida é curta.
Keep safe!!!! e FREUD rukes!

junho 22, 2006 6:34 da tarde  
Blogger M. escreveu...

Lisa,

Nada confuso, acredita! Extremamente reconhecível, aliás. :-S Há demasiada gente por aí que precisava de terapia e, por ser incapaz de o admitir, faz das vidas dos outros um verdadeiro caso clínico. Ó se há. :-D O truque está em reconhecer essa gente pelo que são - dementes em potência - e afastá-los da nossa vida logo que possível. É que para caso clínico já me chega a minha própria vida... ;-)


Filipe,

Quem acha que não precisa de terapia não tem necessariamente que ser nada disso. Há, de facto, pessoas que conseguem manter o equilíbrio mental através da auto-análise e da auto-construção. Mas há personalidades ou circunstâncias de vida que fazem com que a coordenação do conhecimento, da aceitação e da acção consciente com o Eu não se consiga fazer sem o espelho de um psicanalista. E, de todas as formas, continuo a achar que todos os indivíduos beneficiariam de umas conversetas semanais consigo próprios no divã.

E os meus posts não são nada descentrados, eu é sou. :-P Os meus posts são círculos perfeitos. Boleadinhos. ;-)


Lisa,

Estou de acordo com quase tudo o que dizes, excepto num ponto. Não acho que a camuflagem do Eu através da sua sublimação - ainda que funcional - seja aceitável paralelamente aos processos de auto-conhecimento. Pintar de novo uma casa nunca a irá impedir de criar novamente terríveis manchas de humidade.

A importância da psicanálise - e falamos agora em abstrato - reside, para mim, precisamente no poder de ingerência dos indivíduos nas vidas alheias. Na sociedade em que vivemos a modelação da individualidade em função dos ritos sociais ainda não atingiu os níveis a que se assiste noutros países, mas a mera evolução da dita modernidade é avassaladoramente coerciva das emoções humanas. E por aqui haveria todo um mundo a explorar, mas lembro-me, assim de repente, do hábito quotidiano de começar o dia com exercícios de tae kwon do que algumas sociedades têm, como forma de enfocar a mente para jornadas infernais de 12 horas durante as quais o Ego é, simplesmente, cerceado.

Eu continuo a achar que quanto mais nos afastarmos da animalidade mais iremos precisar de terapias e psicotrópicos. Para mim, o equilíbrio psiquiátrico continua a ser uma mera questão de socialização vs. natureza.

(E não ofendeste ninguém. :-) )


Jo,

O truque é usar a terapia antes de precisar de sintéticos, pois claro! :-)

O tal do equilíbrio está apenas em balancear a nossa acção positiva, baseada na pessoa que temos plena consciência ser, com as exigências da vida em sociedade e com as liberdades alheias. É tão simples de se fazer, como é que pode haver malta que precisa de terapia para o conseguir??? ;-)

julho 02, 2006 7:37 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home