11 maio 2006

Sobre sexo...

... e relações humanas, lê-se num comentário a um post d' O Mundo Perfeito uma das opiniões mais escorreitas dos últimos tempos:

Cá para mim, perdeu-se o "pouco" que sabia a "muito" e ganhou-se o "muito" que sabe a "pouco". (cf)

Eu voto a favor do retorno das telas e pincéis na mata de Sintra, do regresso da tulipa presa no espelho da casa de banho, do renascimento do telefonema parvo a meio da tarde "só para ouvir a tua voz", do reavivar da escapadela para as escadas de incêndio no prémio dos amigos para a rapidinha que estava mesmo a apetecer, do reacendimento da simplicidade nessa guerra doida em que parece que transformaram a conquista enquanto eu estive distraída.



5 Somethin' Else:

Anonymous Anónimo escreveu...

eu voto contra o telefonema a meio da tarde mas a favor de tudo o resto que disseste. e a favor das surpresas lamechas que tão bem sabem quando estamos parvos pra caraças com alguém. e a favor do romantismo mais básico que possam imaginar, apesar das palavras estarem, como diz o falecido, gastas

maio 12, 2006 3:13 da tarde  
Blogger Lisa escreveu...

É. Vendemo-nos à quantidade, pensando que, num universo estatístico, esta traria também maiores hipóteses de qualidade.

Por mim falo, mas não há nada como os pequenos gestos, os carinhos e ternuras, os repentes, as tolices, os risos, os sorrisos.
Pequenos nadas sem planeamento ou estratégia, mas cheios de sabor e verdade. Muito, portanto.

Bah, e ainda dizem que o romantismo está fora de moda... é mas é incompatível com a voracidade moderna de fazer as coisas, mesmo na conquista do outro.

maio 12, 2006 4:02 da tarde  
Blogger M. escreveu...

Filipe,

A favor das surpresas mesmo quando deixamos de estar parvos por alguém.

Porque se há um ser humano que decide, todos os dias, que quer acordar comigo, eu agradeço-lhe todos os despertares. Nunca o levo como certo e nunca me habituo ao milagre quotidiano do verdadeiro amor. :-)

Na simplicidade do gesto, da mão que roça a face; na singeleza da palavra [que nunca se gastará], da voz que entoa um "amo-te" - é aqui que está o valor real daqueles a quem queremos.

:-)


Lisa,

Bem dito. O ritmo moderno não se compadece com o passo deste romantismo, dá mais trabalho. Mas vale mais a pena. São nadas que fazem um todo muito, muito completo. :-)

maio 12, 2006 10:31 da tarde  
Blogger A escreveu...

M., desculpa ajavardar no verbo que agora utilizo mas é como diz um amigo meu: foder toda a gente sabe... foder é fácil.
Sexo, não é?
Bem, não vou falar de novo sobre o fuck e o make love :D mas apenas para realçar que sim, tens razão, toda a razão. perdeu-se algo pelo caminho. no entretanto em que nos distraimos alguém reinventou todo um novo significado para o mundo, e para o amor.
Estar parvo para caraças como diz o Filipe Lealé das coisas que melhor sabe... especialmente se dura e dura e dura com o passar dos anos... é o que eu mais gosto e é essa adrenalina que me põe de pé.

Gostei muito do post. e da tulipa.

Beijos

maio 16, 2006 8:22 da tarde  
Blogger M. escreveu...

ó mulher, ajavarda no que te apetecer que isto é casa de gente muito praguejadora. ;-)

Sabes, como eu costumo dizer, orgasmos todos vimos equipados para ter, uma boa foda nem todos sabem dar... Mas mesmo assim, acho que tudo tem sido ajavardado. ;-) Da foda ao amor. Tudo se tornou banal, um objectivo por si só. Que se esgota quando é alcançado.

Trabalhar para manter vivo aquele arrepio na espinha quando alguém nos beija um ombro anos e anos depois do primeiro afago é muito difícil. Mas é o que mais vale a pena.

Obrigada e ainda bem que gostaste. A túlipa é a mais perfeita das ofertas. Branca para celebrar gente especial. Negra, importada da América do Sul, quando houver alguém que a mereça ;-)

Bjo!

maio 17, 2006 3:14 da manhã  

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