Minha culpa, minha tão grande culpa
Sou uma pessoa com doses industriais de imaginação e uma vida pragmática que me exige que, em setenta porcento do meu tempo, a cerceie. Daí a escrita, daí o blogue, daí as centenas de sms mensais, daí os telefonemas espontâneos às três da matina. Porque a minha imaginação é totalitariamente gregária e precisa de interlocutores, tenho a mania que sou um factor de surpresa e agrado nas vidas daqueles a quem quero bem - principalmente dos homens da minha vida, porque as mulheres acabam por não me inspirar muito. Não é defeito, é feitio; prefiro entender-me com mulheres em muitas coisas, mas não me despertam enlevo.
Acomodei-me, portanto, na posição presunçosa daquela que faz surpresas sem esperar retorno. Flores presas em sítios inesperados, postais ilustrados nas caixas de correio, livros escondidos em locais significativos, fotografias impressas em puzzles cartonados, bonecos de banda desenhada no tejadilho dos carros, de tudo já fiz para pôr um sorriso nos lábios daqueles que estimo, e habituei-me às reacções semi-embaraçadas pseudo-orgulhosas dos receptores. Mas caio sempre na asneira de pensar que dou sem esperança de retorno porque, simplesmente, as outras pessoas não são assim e não estão viradas para o mesmo mundo que eu.
É por isso com muito agrado que me fustigo em praça pública, num mea culpa contente, por ser desta feita a destinatária da mais arrebatadora das surpresas. [Vénia. Profunda.] Mas já congemino a retribuição... ;-) Em larga escala, porque eu é que sou a das surpresas... [Sweet, sweet smile.]
Acomodei-me, portanto, na posição presunçosa daquela que faz surpresas sem esperar retorno. Flores presas em sítios inesperados, postais ilustrados nas caixas de correio, livros escondidos em locais significativos, fotografias impressas em puzzles cartonados, bonecos de banda desenhada no tejadilho dos carros, de tudo já fiz para pôr um sorriso nos lábios daqueles que estimo, e habituei-me às reacções semi-embaraçadas pseudo-orgulhosas dos receptores. Mas caio sempre na asneira de pensar que dou sem esperança de retorno porque, simplesmente, as outras pessoas não são assim e não estão viradas para o mesmo mundo que eu.
É por isso com muito agrado que me fustigo em praça pública, num mea culpa contente, por ser desta feita a destinatária da mais arrebatadora das surpresas. [Vénia. Profunda.] Mas já congemino a retribuição... ;-) Em larga escala, porque eu é que sou a das surpresas... [Sweet, sweet smile.]
6 Somethin' Else:
Great to know que também recebeste a tua dose ;-)))
É caso para dizer que a ironia, ainda por cima a bem intencionada, faz bem ao sangue :)
Quando as coisas boas também acontecem às boas pessoas, então já vale a pena. :)
:)
Sabe tão bem surpreender e acarinhar a quem bem queremos. Mas receber retorno é um prazer inexcedível.
APC,
Que bom que foi... A verdeira bofetada prazerosa! :-D
Stephen,
Que bom que é haver pessoas que se podem dar ao luxo de ridicularizar os nossos dogmas de uma forma tão positiva!. :-) Senti o que vejo em tantos olhos e isso não há retorno que pague. Uma delícia. Recomendo vivamente!
Lisa,
Sou uma pessoa que tem real prazer em dar e em fazer sentir. Mas desta vez mostraram-me como também é fantástico estar do lado do receptor... :-) É como dizes, um prazer inexcedível.
Pertencemos ao mesmo grupo
:)
Ora aí está algo que não me custa nada acreditar que seja verdade. :-)
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