Fale-se menos, faça-se mais
A UNESCO assinala hoje o Dia Internacional da Língua Materna o que significa, para mim e muito provavelmente para quem me estiver a ler, que se comemora o Dia Internacional da Língua Portuguesa.
Acomodados que andamos com o tradicional orgulho tuga, que se arroga tudo o que lhe é dado por inerência apriorista, esquecemo-nos que nada se mantém ad eternum e que a preservação da Língua Portuguesa será, quiçá, um dos maiores desafios nacionais deste novo século.
Exagero? Desenganem-se. Que direito temos nós, os falantes de português europeu, de imperializar uma língua que é já falada por mais brasileiros do que portugueses? Direito de nascença? Arrogamo-nos, demasiadas vezes, o direito natural de posse sobre a língua, esquecendo que, caso se desse a muito defendida cisão entre o dito "nosso" português e o apelidado português "do Brasil", os ferozes derrotados seriamos nós.
A língua, qualquer que seja, é uma entidade viva. Eternamente mutável e ajustável. Que importa pensar, orientar e adequar à evolução social. Sob pena de ser aniquilada no mero decurso da História.
Uma saltada ao Instituto Camões mostra-nos como anda bem mal cuidado o português. Ocultamo-nos atrás de iniciativas pomposas e de produtividade quase nula, alienando as populações e com a maleabilidade de um cadáver recente. Como em tudo, somos na Língua demasiado instituicionais e insuficientemente eficientes.
Eu, pela parte que me toca, ficaria bem mais descansada com uma versão republicana e lusitana da Real Academia Española. A bem da defesa de um Português que já não é o de Pessoa.
Acomodados que andamos com o tradicional orgulho tuga, que se arroga tudo o que lhe é dado por inerência apriorista, esquecemo-nos que nada se mantém ad eternum e que a preservação da Língua Portuguesa será, quiçá, um dos maiores desafios nacionais deste novo século.
Exagero? Desenganem-se. Que direito temos nós, os falantes de português europeu, de imperializar uma língua que é já falada por mais brasileiros do que portugueses? Direito de nascença? Arrogamo-nos, demasiadas vezes, o direito natural de posse sobre a língua, esquecendo que, caso se desse a muito defendida cisão entre o dito "nosso" português e o apelidado português "do Brasil", os ferozes derrotados seriamos nós.
A língua, qualquer que seja, é uma entidade viva. Eternamente mutável e ajustável. Que importa pensar, orientar e adequar à evolução social. Sob pena de ser aniquilada no mero decurso da História.
Uma saltada ao Instituto Camões mostra-nos como anda bem mal cuidado o português. Ocultamo-nos atrás de iniciativas pomposas e de produtividade quase nula, alienando as populações e com a maleabilidade de um cadáver recente. Como em tudo, somos na Língua demasiado instituicionais e insuficientemente eficientes.
Eu, pela parte que me toca, ficaria bem mais descansada com uma versão republicana e lusitana da Real Academia Española. A bem da defesa de um Português que já não é o de Pessoa.
2 Somethin' Else:
O Coroneu comcorda plenamemte! À por ai muintas pessoas que falam mesmo male e o Instituto Camões parece ser o lugar do chá das cimco em ves do instituto vivo como a lingua que deveria difundir... É que além dos herros ainda à gente que insiste em estrangeirismos como gate e time consuming e não sei mais o quê que são perfeictamemte endispensáveis!
LOL!
E mai náda!
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