04 junho 2007

Rambling...

A pureza conceptual é, já se sabe, inalcançável. Mas, dentro da praticabilidade pragmática, a coerência é um esforço, consciente, que mantenho. No entanto, o peso - qual Atlas ;-) - da quotidianeidade, em particular quando está incontornavelmente recheada de mediocridade, abafa os tais esforços que enchem o Inferno...

Sem desculpas, sempre. Porque se a minha apatia afecta quem me pertence, a única responsável sou eu. Não é a água que quero sacudir do capote, é a viscosa presença de tudo o que me é alheio e que vai calcando progressivamente a vontade.

Damos por nós a relevar opiniões e presenças que, na realidade, nem sequer têm o direito de pertencer à nossa esfera. Acordamos ao som da procura de aprovação vinda de cantos remotos de existências falhadas. E, pior, sabemo-lo.

Há quem ache que essa auto-consciência seria meia escada percorrida na subida para a cura. Mas os factores exógenos, há medida que a vida nos cresce, querem sempre ser mais fortes do que o suado livre-arbítrio. E no jogo da corda cortar amarras é, por vezes, o mais difícil.

(Obrigada, J. Por lembrar que - apesar de louca - não estou sozinha... ;-) )

1 Somethin' Else:

Blogger SK escreveu...

O livre arbítrio é a vacina contra a escorregadela da facilidade. Se não caímos, marramos contra o poste, mas pelo próprio pé.
E no fundo, sabemos sempre quem sabe. Quem realmente sabe...

Beijinhos!

junho 06, 2007 5:06 da tarde  

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