Note to self
Treinar intensivamente a mágica arte de aprender a esperar que os outros peçam ou ofereçam primeiro.
Exercitar arduamente a capacidade de perceber que não há lá muita gente que mereça a dádiva desinteressada; aliás, que não há lá muita gente que, sequer, a queira. Porque implica algo que não sabem nem querem dar.
Objectivo a médio-prazo: concluir que o mundo é feito de enganos e que, portanto, a reacção inicial deverá ser a de descrença. A crença deverá vir apenas em última análise, após a prova cabal dos factos a justificar.
:)
Improvisado por M. Ã s 3:53 da tarde
3 Somethin' Else:
uhuhuhuhuh... que cheiro a pessimismo, derrotismo e cepticismo, e a todos os ismos do género... what's up? é mas é estar de peito aberto, quando um gajo não sofre de uma maneira sofre de outra, e quando 20 não sabem ou não querem saber há sempre 1 que vale por esses 20 e até por mais, bola prá frente mas é (eu disse isto?)
Equilibrado, sem sem derrotista.
Gostei muito.
Como aliás, é hábito.
Filipe
Eu? Pessimista, derrorista?? Vá lá, conheces-me melhor do que isso. Céptica sou, mas veio nos genes, nada a fazer. ;) E até me dá uma certa graça, eheheh...
E eu lá consigo viver de outra forma que não seja de peito aberto? Prefiro a desilusão dolorosa à inércia confortável. Sempre. Para sempre.
Mas, por vezes, convém afixar estes post its em sítios visíveis para tentar contrabalançar a minha tendência para escolher os destinatários errados. Preciso de aprender a seleccionar quem merece. Porque, neste ponto da vida, Poeta, não é quem quer. É apenas quem merece. E quem merece tem que a priori retribuir. Porque a dádiva desenfreada faz de nós seres exangues. E se eu me esvaír deixo de poder dar.
O equilibrio na dialética da dádiva é a mais bela pescadinha-de-rabo-na-boca da vida emocional do ser humano. Uma proporção que ainda tenho que apurar. Só isso. :)
Stephen
Obrigada. :)
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