13 março 2006

Fraternidade?

Tinha-me esquecido de como Portugal é pequeno. Tinha-me esquecido como em meia dúzia de horas se corre de ponta-a-ponta. Tinha-me esquecido como são mínimas as mentalidades, atrasados os preconceitos, vulgares os pensamentos.

Portugal é um país velho. Bonitinho e simpático, mas ainda demasiado do Restelo. Com gente - jovem ou nem por isso - presa a dados adquiridos, a heranças de quintos-impérios, sebastianismos e ditaduras tardias.

Nasci cá. Portugal é, de alguma forma, a minha família. A tal que não se escolhe e à qual nos une certo sentimento fraterno. Mas nada mais.

(De regresso ao Burgo velho na próxima Quinta-Feira, para uma noite de intervalo.)

3 Somethin' Else:

Blogger Navel escreveu...

Paris or London?

março 14, 2006 11:56 da manhã  
Anonymous Anónimo escreveu...

Olá,
Já por aqui tinha passado, mas só hoje consegui debruçar-me sobre alguns dos teus pensamentos e citações.
Este burgo e este país, já o sabemos, são em muitas ocasiões uma merda, mas houve alguém que um dia disse que a "vida é feita de pequenos nadas". Por isso entendo que há episódios, momentos,cheiros, sabores, amizades e até amores que acabam por dar sentido a este cantinho e, quando estamos fora, nos trazem a porcaria da lágrima a que convencionaram chamar "saudade".
Não, isto não é uma crítica, apenas a outra face da moeda.No entanto, concordo que o maior valor que podemos ter é o estarmos de bem connosco, seja a Este ou Oeste.
Nesta ou noutra qualquer paragem serás sempre uma amiga especial, agora também mais amadurecida e mais mulher. Admiro-te por teres um espírito que reconheço não possuir e uma coragem - sim,porque também é preciso coragem - para fazeres de cada distância somente o outro lado da rua.
Ainda assim, não te esqueças de uma coisa: a felicidade pode estar em qualquer local.
À minha "golfinho político" (não me esqueço) um simples obrigado por poder partilhar alguns instantes de amizade

março 15, 2006 11:25 da tarde  
Blogger M. escreveu...

Navel,

Paris. God! Paris!!


Presidente! [Eu também não esqueço a nossa primeira grande vitória política... ;)]

Não imaginas como me alegra e envaidece a visita. :) Pena que não te debruces mais, gosto de ouvir as tuas opiniões.

Sabes, eu cada vez mais acho que um homem é de onde melhor se sente. Ponto. Portugal tem carradas de defeitos, facto. Portugal já me trouxe grandes "pequenos nadas", como dizes.

A única coisa que sei é que temos a obrigação de procurar e de lutar pela nossa felicidade. E é isso que faço ao manter amigos como tu bem perto, esteja ancorada aqui ou além-mar.

Obrigada, com todo o reconhecimento do meu querer, pelas tuas palavras. Sabes que fazes parte de algo que nunca perderei, que nunca esqueci e que me envaidece tremendamente - a força da nossa amizade.

:D

março 30, 2006 12:31 da manhã  

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