32 copa E
- Chantelle.
- Desculpe?
- Isso aí, para onde está a olhar. É Chantelle.
- ...
- :)
- Desculpe.
- Não faz mal, se quiser dou-lhe a referência para surpreender a sua mulher no dia dos namorados. Dois bilhetes para o Oliver Twist, por favor.
A dita peça de lingerie foi comprada ontem à tarde e o miserável diálogo teve lugar ontem à noite. Na fila das bilheteiras do shopping. Confesso que a deixa do "isso aí, para onde está a olhar" foi surripiada a um livro manhoso que li há uns 12 anos atrás e que retratava a vida escabrosa e supostamente chocante de uma rapariga em NYC. Mas, no livro, o par dialogante respondia "bendito fabricante" ou coisa que o valha. (Os personagens estavam no mais hip-and-cool club de Manhattan e o soutien era Triumph. Acho. Ou VS. Não me lembro e não vem lá muito ao caso.) Não tive tanta sorte, já não se fazem réplicas como anos 80.
Está outra vez na moda ter mamas. O facto é esse. Conheço apenas três homens que admitem preferir um tórax menos voluptuoso, algo na onda da copa B. Na última década andámos nas copas C: presente, mas discreto; decote possível mas também evitável. Nos últimos dois anos importámos a norte-americana paranóia dos bustos exorbitantes encaixados em copas D e E. As maravilhas estéticas da globalização.
Pela parte que me toca, agradeço a actualização, que força os ditos benditos fabricantes a criarem modelos que me sirvam. Experimentem encontrar um 32 copa 'E' na Intimissimi, na Oysho ou na Woman's Secret e venham-me contar estórias.
O facto é que é terrível andar por este mundo sozinha com um par de mamas, já lá dizia o bendito personagem. Porque, por muito apreciadas que sejam, vocês só lhes dedicam uns minutos por dia: quando chegamos a casa e lá vêm as mãos, a boca e o resto, ou - sendo sortudas - quando ninguém está olhar no carro, no restaurante, na Ana Sousa, no cinema ou no supermercado. As restantes 23 horas e 28 minutos somos nós que as aguentamos. E, a mim, doem-me as costas. :)
- Desculpe?
- Isso aí, para onde está a olhar. É Chantelle.
- ...
- :)
- Desculpe.
- Não faz mal, se quiser dou-lhe a referência para surpreender a sua mulher no dia dos namorados. Dois bilhetes para o Oliver Twist, por favor.
A dita peça de lingerie foi comprada ontem à tarde e o miserável diálogo teve lugar ontem à noite. Na fila das bilheteiras do shopping. Confesso que a deixa do "isso aí, para onde está a olhar" foi surripiada a um livro manhoso que li há uns 12 anos atrás e que retratava a vida escabrosa e supostamente chocante de uma rapariga em NYC. Mas, no livro, o par dialogante respondia "bendito fabricante" ou coisa que o valha. (Os personagens estavam no mais hip-and-cool club de Manhattan e o soutien era Triumph. Acho. Ou VS. Não me lembro e não vem lá muito ao caso.) Não tive tanta sorte, já não se fazem réplicas como anos 80.
Está outra vez na moda ter mamas. O facto é esse. Conheço apenas três homens que admitem preferir um tórax menos voluptuoso, algo na onda da copa B. Na última década andámos nas copas C: presente, mas discreto; decote possível mas também evitável. Nos últimos dois anos importámos a norte-americana paranóia dos bustos exorbitantes encaixados em copas D e E. As maravilhas estéticas da globalização.
Pela parte que me toca, agradeço a actualização, que força os ditos benditos fabricantes a criarem modelos que me sirvam. Experimentem encontrar um 32 copa 'E' na Intimissimi, na Oysho ou na Woman's Secret e venham-me contar estórias.
O facto é que é terrível andar por este mundo sozinha com um par de mamas, já lá dizia o bendito personagem. Porque, por muito apreciadas que sejam, vocês só lhes dedicam uns minutos por dia: quando chegamos a casa e lá vêm as mãos, a boca e o resto, ou - sendo sortudas - quando ninguém está olhar no carro, no restaurante, na Ana Sousa, no cinema ou no supermercado. As restantes 23 horas e 28 minutos somos nós que as aguentamos. E, a mim, doem-me as costas. :)
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